quarta-feira, 3 de agosto de 2011

 Lingua, história e poder.
 "(...) um dos característicos de classe social é, precisamente, a linguagem. Ela até classifica socialmente os indivíduos. "  Serafim da silva Neto

Tema: Diferentes linguagem e formas de expressão;
Local: Museu da Língua Portuguesa;
Data: 19 de julho
Número de jovens: 18

Enfim, esta exploração veio de encontro com os temas que estávamos discutindo e com as atividades de letramento. Refletimos sobre as diferentes formas de expressão, por diferentes grupos, de posições e importância na sociedade diferente. 

É errado falar gírias?

Por que a linguagem do juiz é tão difícil?

Por que corrigimos nossos país e os mais antigos?

Por que rimos do jeito de falar dos nordestinos?

Por que um livro didático que disse que a concordância verbal de "Nós vai" não estava errada era só mais uma variação do nosso português Brasileirado foi tão criticado? 

Se for tão importante a norma culta por que as escolas da periferia não são mais exigentes?

Depois dessas provocações os jovens foram desafiados a brincar com a língua, tentando transformar expressões do nosso cotidiano em norma culta. A princípio transformar frases em linguagem formal foi fácil, masssss as gírias em formal foi muito difícil. Eles conseguiam pensar em vários sinônimos das expressões porque está tão presente no dia -a- dia, já a linguagem formal parecia que nem tinha sentido. Mas, e na hora de procurar trabalho, e os lugares que nosso jeito de falar não nós permite entrar... . Algumas frases:

Zica da balada
E aí mina, já é ou já era?
A festa foi um estouro
To na merda!

O maior desafio foi transformar alguns Funk atuais em linguagem formal!!! Em grupos tiveram essa tarefa, foi bacana para discutir as letras, pensar nas mensagens que passam. Procurei funks com bons repertórios como: “Sou Foda” de Os Avassaladores; “Novinha” do MC Catra; “Cerol na mão” do Bonde do Tigrão. Deu pano na manga pra discutir uma pá de coisa.

"Estamos submetidos plenamente a uma ditadura linguística, que facilita e consolida a ditadura social e econômica."

Além, disso fizemos uma boa discussão sobre o que gostavam de ler, quando liam, se liam muito ou pouco na escola? Quando escreviam? Como escrevem? Orkut, msn e sms ganharam disparados como formas de escritas mais praticada. Leitura? Só jornal de esporte. Mas, isso não é geral alguns lêem muito outros nunca conseguiram ler um livro até o final. 

Levei alguns livros para que os jovens folheassem e escolhessem aquele que mais se identificavam depois leram em voz alta a bibliografia do autor e um trecho que mais gostaram. Em duplas construíram suas bibliografias, contando fatos importantes de suas histórias e da origem da família. Isso foi bem legal, logo mais posto algumas bibliografias.    



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