segunda-feira, 25 de abril de 2011

Exploração na USP - Zona Leste


Nessa semana fomos explorar a Universidade de São Paulo, aqui do lado na zona leste. Local bem próximo, porém ainda desconhecido, muitos nem pensavam em conhecer. Sugeri como óculos para a investigação pensar: “A universidade pública é acessível para todos??”
 
Então, os questionamentos ficaram por conta deles:

Só tem asiático estudando lá?

Por que os seguranças ficaram atrás da gente?

Só conseguimos entrar porque a Ana falou que era professora, como tem que mostrar crachá?
 Tinha muitas salas vazias? E, tanta gente fica de fora?

Tem poucos cursos que interessam?

A maioria que estuda lá é de fora, porque o pessoal aqui nem se interessam!




Nosso debate permeou essas questões trazidas pelos jovens. E, contei a eles que mais me incomoda hoje é perceber que os jovens periféricos estão perdendo a vontade de sonhar com a universidade pública. É uma perspectiva que poucos ou raros ainda tem. Na nossa turma mesmo dois alunos querem fazer faculdade, mas não pensam em estudar na faculdade pública porque acreditam que nunca vão passar no vestibular, e agora com o acesso mais fácil nas faculdades privadas, graças aos investimentos públicos. Assim a universidade pública fica cada vez mais distante das classes populares, porque nesta não facilitam a entrada pra gente.

 


 








Num país em que jovens envelhecem do lado de fora das cercas e dos muros da Universidade, queremos, primeiro, dividir o direito de sonhar com ela. Depois, o direito e a responsabilidade de transformá-la. (...)

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