No dia 27 de abril realizamos uma exploração na Vila Maria Zélia, primeira vila operária do Brasil que ainda preserva muito dos casarões da década de 20. No dia acontecia uma gravação para um filme na faxada de um dos prédios, ficamos curiosos para enteder a cena, mas suou muito estranho. Na chegada um dos moradores mais antigos da vila contou um pouco da história e nos explicou os pontos principais, mas infelizmente não pode passar o dia conosco. Segue abaixo um breve histórico do lugar e as impressões dos jovens, principalmente dos casarões que pareciam abandonados e assombrados. A dona Lenir, responsável pela administração da vila e que nos recebeu muito bem, contou que estes casarões ainda não foram reformados porque está em juízo e a burocracia emperrou o processo.
A Vila Maria Zélia é a primeira vila operária do Brasil, contruída em 1917 a vila hoje é constituída por aproximadamente 200 casas com mais de 600 habitantes. Localizada no bairro do belenzinho a vila recebe mais de 1.000 visitantes semanais, como estudantes de arquitetura, artistas, políticos e várias personalidades em geral. Um local muito procurado para gravações de de seriados, novelas, propagandas e matérias de telejornais, pelo motivo de ser um local muito arborizado e tranquilo sua arquitetura européia apresenta casarões, armazens e colégios do começo do século.
Algumas crianças da vila foram grandes anfitriões e ajudaram os jovens a entrarem nos casarões e não faltaram histórias assustadores pra contar:
E, também, não faltaram brincadeiras... . Dona Lenir deixou os jovens brincarem com as fantasias da festa de carnaval que teve na vila:
Após esta exploração discutimos sobre trabalho no Brasil. Pensando: quem construiu a cidade de São Paulo? E onde estão estes operários? Através da música Cidadão de Zé Geraldo discutimos as condições do trabalhador no Brasil e qual trabalho é mais valorizado e porque? É lógico que os jovens não gostaram do ritmo da música, mas curtiram a mensagem, segue trechos da música:CidadãoZé GeraldoComposição : Lucio BarbosaAjudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me chega um cidadão E me diz desconfiado, tu tá aí admirado Ou tá querendo roubar? Meu domingo tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber E pra aumentar o meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer Tá vendo aquele colégio moço? Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Pus a massa fiz cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem pra mim toda contente Pai vou me matricular Mas me diz um cidadão Criança de pé no chão Aqui não pode estudar Esta dor doeu mais forte Por que que eu deixei o norte Eu me pus a me dizer Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava Tinha direito a comer Tá vendo aquela igreja moço? Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Lá sim valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que cristo me disse Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar Educadora: Ana Paula - Manhã |
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